Usina solar em aterro desativado de Curitiba evidencia potencial da geração de energia limpa

Usina solar em aterro desativado de Curitiba evidencia potencial da geração de energia limpa

Há pouco mais de dez anos, o aterro sanitário da Caximba, na região sul da capital paranaense, recebia a última carga de resíduos. Desde 1989, a área era responsável por aterrar o lixo de 14 municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Projetado inicialmente para receber pouco mais de 3,2 mil toneladas de resíduos, o aterro da Caximba completou, ao fim da vida útil, em 2010, mais de quatro vezes essa quantidade. Área tida como um verdadeiro passivo ambiental, o aterro ganhou nesta semana uma nova utilidade durante as comemorações dos 330 anos de Curitiba com a inauguração da Pirâmide Solar, um projeto pioneiro de geração de energia solar na América Latina.

A novidade gira em torno do local escolhido para a instalação dos cerca de 8,6 mil painéis solares. O topo do maciço mais alto do aterro, em um desnível de mais de 60 metros em relação ao solo, é onde foram instaladas as estruturas de geração solar. Em entrevista à Gazeta do Povo, a secretária de Meio Ambiente de Curitiba, Marilza do Carmo Oliveira Dias, explicou os motivos que levaram à instalação da usina solar sobre o aterro.

“Nós temos um foco no enfrentamento às mudanças climáticas. E o aterro da Caximba é emblemático porque é o palco de uma transformação, justamente por substituir algo que é poluente e responsável por uma carga enorme de emissões por uma outra estrutura que funciona justamente no sentido de evitar essas emissões”, disse ela.

Apesar de o aterro ter deixado de receber novos resíduos em 2010, explicou a secretária, o local continua “vivo”. As milhares de toneladas de lixo depositadas camada abaixo de camada seguem em decomposição, e devem permanecer assim por pelo menos mais algumas décadas. Entre as etapas de manutenção e monitoramento da estrutura desativada está o sistema de tratamento do efluente – os resíduos que se formam dentro da montanha de lixo, gases e líquidos. É um trabalho que, segundo a própria secretaria, custa cerca de R$ 100 mil mensais à prefeitura.

Fonte: Gazeta do Povo
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